terça-feira, 30 de outubro de 2007

GRUPO TEATRO DE CARETAS
Espetáculo A FARSA DO PÃO E CIRCO


FICHA TÉCNICA

DIREÇÃO.....................................................Galba Nogueira
DRAMATURGO..........................................Henrique Dídimo
SUPERVISÃO DE MONTAGEM....................... Oswald Barroso
CENÓGRAFO................................................ Renato Soares
EXECUÇÃO DE CENÁRIO....................................Dr. Alves
FIGURINO..............................................Eliania Damasceno
MÚSICAS..................................................Beto Meneis
MAQUIAGEM...............................................Non Sobrinho
FOTOS.................................................Marcelo Holanda
DESIGNER GRÁFICO.....................................Joyce Custódio
BLOG...................................................... Vanéssia Gomes


ELENCO:
Beto Meneis
Marcos Amaral
Non Sobrinho
Samia Bittencourt
Vanéssia Gomes
CENÁRIO PARA TEATRO DE RUA.
Uma questão de interferência no espaço público

Renato Soares – cenógrafo do espetáculo A FARSA DO PÃO E CIRCO

Um dos grandes desafios para o cenógrafo é desenvolver um cenário para a rua, deve ser prático, leve fácil de transportar e permitir que os atores interajam com ele. Na presente proposta se deseja ainda mais, a interação do público, inclusive na montagem do cenário. Além disso busca-se a intervenção urbana, já que o grupo Teatro de Caretas tem como mote a Urbe.

Há alguns anos as crianças em situação de rua ocuparam a Av. Beira Mar desenhando, com carvão, figuras de Super-Heróis televisivos em troca de algum trocado, o projeto faz referência a tal intervenção, agora com outros elementos, símbolos que remetem às personagens da peça (dinheiro, religião, política e repressão são os temas abordados).

A idéia é a de que os próprios atores comecem a desenhar o chão formando a roda, e depois convidem o público para escrever ou desenhar o que se sentirem ou o que quiserem expressar, transformando o chão num fórum de discussão. Quem participar desse momento ficará com as mãos sujas e serão impelidos a lavar as mãos no final do espetáculo.O trabalho coletivo plástico ficará gravado no chão até que a chuva ou algum outro agente o apague, depois da apresentação se tornando parte da paisagem por tempo indeterminado, fazendo dos seus autores participantes.Outro elemento cênico foi inspirado na tração humana. Nas cidades, camelôs, ambulantes, catadores, e uma grande gama de trabalhadores utilizam carrinhos. De formas, cores e finalidades diversas, a força do ser humano é quem transporta a vida muda de lugar e de perspectivas, transforma, se adequa em função das necessidades primeiras que são as da sobrevivência.

Um projeto básico foi elaborado para que as personagens “brinquem” com o objeto, com funções variadas: hora carro, hora mesa, hora cadeira, hora carro, qualquer coisa que se possa imaginar. Este projeto foi apresentado ao artista popular Dr. Alves que desenvolveu segundo sua visão e conhecimento de arte, pintura e solda um modelo final. Objetos cênicos foram acrescentados à estrutura básica do carro para serem utilizados nas cenas: espelhos, estrutura de guarda-sol, bacia, etc. A intenção é que adereços sejam doados e colocados pelo público durante as apresentações (fitas, papéis, bijuterias, o que for), para que este se sinta parte integrante da obra.
 

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