terça-feira, 30 de outubro de 2007

 
espetáculo


A FARSA DO PÃO E CIRCO


Espetáculo premiado pelo 1° Edital de Artes da FUNCET na categoria montagem de teatro de rua e pela FUNARTE - Prêmio Myrian Muniz patrocinado pela PETROBRÁS.

O Grupo Teatro de Caretas está em atividade no Estado do Ceará desde 2001, envolvido em pesquisas , estudos , produções e criações teatrais . Sempre atuando em praças , feiras e ruas , foi contemplado em 2005 com o Prêmio do FUNDO ANGELA BORBA PARA MULHERES , uma instituição do RJ que promove ações em âmbito nacional para incentivar grupos que desenvolvam tecnologias sociais para o fortalecimento de comunidades . O Grupo já esteve em diversos festivais e mostras teatrais : no Festival de Teatro Nordestino de Guaramiranga, Mostra Cariri das Artes , Festival dos Inhamuns – Circo , Bonecos e Artes de Rua e no Festival de Teatro de Fortaleza . O grupo foi o articulador da 1ª Mostra de Teatro de Rua de Fortaleza , que aconteceu na Praça do Ferreira com diversos grupos de teatro de rua da cidade e também , neste ano , foi responsável pela direção artística do Cortejo de Fortaleza , uma ação cultural da SECULT, por motivo do Dia do Patrimônio Histórico e Cultural do Ceará, através do resgate da história dos heróis cearenses da Confederação do Equador .

Formado por atores e atrizes com vasta experiência na cena de rua de nosso Estado , alguns integrantes do grupo participaram ativamente das pesquisas em manifestações populares coordenadas por Oswald Barroso, por mais de 8 anos . Atualmente , o teatrólogo e pesquisador faz a supervisão do espetáculo .

O espetáculo foi livremente inspirado no entremeio TODO MUNDO E NINGUÉM , do AUTO DA LUSITÂNIA, de Gil Vicente. Nesse entremeio , os valores e a moral de “ todo mundo ” são postos à prova quando os interesses pessoais de cada um são confrontados com as necessidades das outras pessoas que , destituídas de valor , tornam-se “ ninguém ”.

O texto da peça A FARSA DO PÃO E CIRCO transporta essa questões para personagens de rua , artistas populares , que buscam o ganha-pão com todas as artimanhas possíveis de quem sobrevive da própria arte , seja quebrando coco , adestrando cachorro ou mesmo vendendo sorrisos . E, a partir desse circo da vida real , assumem tipos que evidenciam as relações de poder e a violência que muitas vezes passam despercebidas em nossa sociedade .

O espetáculo foi construído num processo que durou um ano entre pesquisas e experimentações na praça João Gentil, no Bairro Benfica, local que o grupo adotou como espaço de criação e ensaio. O texto foi escrito através de um processo colaborativo entre o dramaturgo, o diretor e o elenco.

O Grupo Teatro de Caretas participa da Rede Brasileira de Teatro de Rua , aliado ao pensamento da rua enquanto símbolo e suporte da sociabilidade humana . O espaço onde classes sociais , gerações , raças e gêneros estabelecem contato e revelam seus mais diversos preconceitos , temores e opressões , mas também onde encontramos múltiplas possibilidades de atitudes e expressões de resiliência , tenacidade e solidariedade humana.
 


 

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