GRUPO TEATRO DE CARETASEspetáculo A FARSA DO PÃO E CIRCOFICHA TÉCNICADIREÇÃO.....................................................Galba Nogueira
DRAMATURGO..........................................Henrique Dídimo
SUPERVISÃO DE MONTAGEM....................... Oswald Barroso
CENÓGRAFO................................................ Renato Soares
EXECUÇÃO DE CENÁRIO....................................Dr. Alves
FIGURINO..............................................Eliania Damasceno
MÚSICAS..................................................Beto Meneis
MAQUIAGEM...............................................Non Sobrinho
FOTOS.................................................Marcelo Holanda
DESIGNER GRÁFICO.....................................Joyce Custódio
BLOG...................................................... Vanéssia Gomes
ELENCO:
Beto Meneis
Marcos Amaral
Non Sobrinho
Samia Bittencourt
Vanéssia Gomes
CENÁRIO PARA TEATRO DE RUA.
Uma questão de interferência no espaço públicoRenato Soares – cenógrafo do espetáculo A FARSA DO PÃO E CIRCO
Um
dos grandes desafios para o cenógrafo é desenvolver um cenário para a
rua, deve ser prático, leve fácil de transportar e permitir que os
atores interajam com ele. Na presente proposta se deseja ainda mais, a
interação do público, inclusive na montagem do cenário. Além disso
busca-se a intervenção urbana, já que o grupo Teatro de Caretas tem como
mote a Urbe.
Há alguns anos as crianças em situação de rua
ocuparam a Av. Beira Mar desenhando, com carvão, figuras de Super-Heróis
televisivos em troca de algum trocado, o projeto faz referência a tal
intervenção, agora com outros elementos, símbolos que remetem às
personagens da peça (dinheiro, religião, política e repressão são os
temas abordados).
A idéia é a de que os próprios atores
comecem a desenhar o chão formando a roda, e depois convidem o público
para escrever ou desenhar o que se sentirem ou o que quiserem expressar,
transformando o chão num fórum de discussão. Quem participar desse
momento ficará com as mãos sujas e serão impelidos a lavar as mãos no
final do espetáculo.O trabalho coletivo plástico ficará gravado no chão
até que a chuva ou algum outro agente o apague, depois da apresentação
se tornando parte da paisagem por tempo indeterminado, fazendo dos seus
autores participantes.Outro elemento cênico foi inspirado na tração
humana. Nas cidades, camelôs, ambulantes, catadores, e uma grande gama
de trabalhadores utilizam carrinhos. De formas, cores e finalidades
diversas, a força do ser humano é quem transporta a vida muda de lugar e
de perspectivas, transforma, se adequa em função das necessidades
primeiras que são as da sobrevivência.
Um projeto básico foi
elaborado para que as personagens “brinquem” com o objeto, com funções
variadas: hora carro, hora mesa, hora cadeira, hora carro, qualquer
coisa que se possa imaginar. Este projeto foi apresentado ao artista
popular Dr. Alves que desenvolveu segundo sua visão e conhecimento de
arte, pintura e solda um modelo final. Objetos cênicos foram
acrescentados à estrutura básica do carro para serem utilizados nas
cenas: espelhos, estrutura de guarda-sol, bacia, etc. A intenção é que
adereços sejam doados e colocados pelo público durante as apresentações
(fitas, papéis, bijuterias, o que for), para que este se sinta parte
integrante da obra.